O aumento da eficiência da fermentação do etanol por meio da chamada imobilização das leveduras com a utilização do biopolímero quitosana–um derivado da quitina, que é um dos constituintes das carapaças de camarão, lagosta e caranguejo – é uma nova tecnologia que está sendo pesquisada no Parque de Desenvolvimento Tecnológico (Padetec), uma instituição científica instalada no campus da Universidade Federal do Ceará, em Fortaleza. Esse trabalho conta com o apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) que aprovou financiamento de R$ 1,4 milhão para o projeto.
Os técnicos do Padetec prevêem um aumento de aproximadamente 5% na eficiência da fermentação do álcool com o desenvolvimento dessa nova tecnologia. Além disso, a utilização dessa fibra no processo de produção de etanol terá efeitos benéficos para o meio ambiente, pois reduzirá a enorme quantidade de resíduos, gerados com a produção e consumo de crustáceos, que passarão a ser convertidos em quitosana. O Padetec irá deter 90% dos diretos da patente da nova tecnologia que será comercializada pela Polymar Ciência e Nutrição S/A. Essa empresa de base tecnológica – que ficará com os outros 10% – foi criada e incubada no Padetec em 1997 e funciona, atualmente, em sede própria nas proximidades do Distrito Industrial de Fortaleza, onde produz os biopolímeros quitina e quitosana, obtidos a partir de carapaças de camarão, lagosta e caranguejo, conforme informações da assessoria de comunicação do BNDES.