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Pesquisa avalia custos de produção da cana em São Paulo

Pesquisa avalia custos de produção da cana em São Paulo

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“Ao colocar na ponta do lápis seu custo, o produtor tem condições de visualizar onde pode reduzi-lo, avaliar o que está dando resultado ou não, corrigir falhas, evitar problemas, planejar e investir cada vez mais em sua empresa. Além de ser um instrumento de tomada de decisão sobre a produção”.

A avaliação foi feita pelas pesquisadoras Katia Nachiluk e Marli Dias Mascarenhas de Oliveira, do Instituto de Economia Agrícola – IEA/Apta da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, ao falar sobre o trabalho de atualização dos sistemas de produção e a estimava de custo de produção de cana-de-açúcar nas principais regiões do Estado de São Paulo.

O trabalho realizado pelas profissionais começou em 2008, fruto da parceria entre a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo e a Orplana – Organização dos Plantadores de Cana da Região Centro Sul do Brasil. Os resultados desta parceria foram apresentados no artigo “Cana-de-Açúcar: custos nos diferentes sistemas de produção nas regiões do Estado de São Paulo”, publicado na revista Informações Econômicas.

O estudo revela, entre outros pontos, que esse custo pode variar até 105% – entre R$ 36,22 e R$ 74 por tonelada – dependendo da região e do sistema adotado. Na primeira edição da pesquisa, em 2010, a diferença era de 41%, com custos entre R$ 32,08 e R$ 45,42.

De acordo com Nachiluk e Oliveira, a análise permitiu atualizar a caracterização dos diferentes sistemas de produção de cana-de-açúcar nas sete regiões estudadas: Piracicaba (Piracicaba e Capivari); Ribeirão Preto (Sertãozinho); Catanduva (Monte Aprazível), Assis (Assis); Jaú (Jaú e Lençóis Paulista); Araçatuba (Valparaíso e Andradina) e Araraquara (Araraquara), registrando as adaptações ocorridas nos sistemas de produção decorrentes da mecanização da cultura. “Existem muitas diferenças entre as regiões, no que diz respeito à maneira em que as operações de mecanização são realizadas, observando de um modo geral, forte tendência e mobilização entre os fornecedores independentes para se adequarem às normas e regras ambientais e trabalhistas”, apontam.

Existe, também, uma preocupação em relação à elevação dos níveis de produtividade dos canaviais, que sabidamente dependem da melhoria na gestão dos estabelecimentos agrícolas e dos sistemas de produção da cana-de-açúcar.

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