Mercado

Peso do imposto

Uma queixa dos envolvidos na cadeia do etanol — usineiros, distribuidores e donos de postos — é a tributação do combustível no DF. A taxa de 25% para o de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) é uma das mais altas do país. Em Goiás, é de 22% e em São Paulo, 12%. Para piorar a competitividade do álcool no DF, ele tem a mesma tributação da gasolina. “A gasolina sai como um produto bem mais vantajoso: a alíquota de imposto é a mesma do etanol, o preço está estabilizado há oito anos e não temos preocupação se a safra vai ser boa, se vai atrasar”, afirma Ediel Viana, gerente-geral do Posto da Torre.

O sócio-gerente da rede Gasol, Luiz Imbroisi, lembra ainda que atualmente os postos estão praticando o preço menor do que o presumido pela Secretaria de Fazenda do DF para o cálculo dos impostos. “Tanto imposto caro sacrificam as vendas, o governo precisa abaixar a alíquota do etanol. Por que a do gás é 7% e do etanol 25%?”, questiona.

A Secretaria de Fazenda do DF confirmou que as alíquotas são de 25% e que arrecadou em 2011 R$ 1,25 bilhão com combustíveis. Nos seis primeiros meses do ano, o valor fechou em R$ 539 milhões.