Os estudos técnicos feitos inclusive pela Confederação Nacional dos Transportes através de sua representação em Pernambuco mostram que a viabilidade custo-benefício do álcool combustível só poderá vir a ser resgatada no Nordeste se houver uma redução de pelo menos 50% no valor.
Atualmente, o litro de álcool custa em Pernambuco R$ 1,75 e gasolina R$ 2,65 em média, nos postos da região. O técnico Jorge do Carmo, da CNT, diz que atualmente o álcool só é mais competitivo que a gasolina em relação à questão ambiental.
Os plantadores de cana-de-açúcar do Nordeste vão industrializar a própria produção em destilarias com capacidade para moer até 400 mil toneladas/ano. As unidades serão geridas pelo sistema de cooperativa e destinadas a absorver a matéria-prima das pequenas e médias propriedades.
O projeto está sendo estruturado pelo Ministério da Agricultura por meio de um Grupo de Trabalho (GT) que tem prazo até 9 de abril próximo para apresentar suas conclusões.
“A implantação das unidades vai possibilitar a retomada da produção em áreas inviabilizadas pela desativação ou migração de usinas para o Centro-Sul do país”, afirma Ricardo Buarque Gusmão, presidente da Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco, entidade que apresentou a proposta à Comissão Interministerial, criada pelo governo federal para fazer diagnóstico do setor sucroalcooleiro do Nordeste.