A notícia de que os Estados Unidos irão diminuir as metas para biocombustíveis em 2014 fez com que muitas especulações, e até mesmo, factoides, surgissem no mercado sucroenergético. Uma delas, segundo Pedro Mizutani, VP da Raízen, é que a empresa será uma das mais prejudicadas com a medida. “Essa notícia é falsa. Todos serão prejudicados com isso. É uma regra de mercado, claro, mas quando você exporta um produto acaba enxugando o mercado interno. Deixando de o fazer, comercializaremos etanol aqui”, afirma.
O representante explica ainda que com a menor taxa de renovação dos canaviais registrada neste ano, assim como a incapacidade econômica dos produtores brasileiros, a safra 2014/15 não será muito maior do que a 2013/14.
Este fator, aliado ao aumento da frota de veículos do país, abre espaço para que o etanol, que previamente seria exportado, seja comercializado internamente. “Infelizmente, a próxima safra não deve ter um incremento em produtividade significativo. Já a demanda crescerá substancialmente. Com nossa estrutura logística, temos capacidade para escoar todo o produto no Brasil”.
A proposta de redução da quantidade obrigatória de uso de biocombustíveis nos Estados Unidos é a primeira desde que a política foi implementada em 2007.