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PB e RN ampliam áreas de plantio

Com a expectativa de produzir 5,1 milhões de toneladas e 2,8 milhões de toneladas, os estados da Paraíba e do Rio Grande do Norte, respectivamente, esperam se consolidar nos mapas nacional e regional da produção de cana. Terceiro maior produtor nordestino, a Paraíba espera um crescimento de 8% nesta safra em virtude do aumento da área plantada, que cresce a um ritmo da ordem de 10% ao ano, segundo o presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), José Inácio de Moraes. Já no Rio Grande do Norte a expectativa de uma boa safra ficou por conta da antecipação da colheita em cerca de 15 dias.

Com cerca de 90 mil hectares plantados, a Paraíba vem ampliando sua produção de cana nos últimos anos. “A Paraíba já chegou a produzir 7 milhões de toneladas de cana na década de 80. Entre os anos de 1997 e 1998 a produção caiu para cerca de 4 milhões de toneladas por razões ligadas a preços e aumento dos custos de produção”, diz Moraes. De acordo com o executivo, o plantio de cana vem sendo retomado em áreas como a do Brejo Paraibano. Nos últimos oito anos cerca de 750 pequenos e médios agricultores abandonaram o cultivo da cana naquela região.

Recentemente um convênio entre entidades do setor sucroalcooleiro e o Governo do Estado garantiram o fornecimento de cana semente aos agricultores que quiseram plantar cana novamente. A perspectiva, segundo o presidente da Asplan, é que a safra do Brejo Paraibano – que foi da ordem de 60 mil toneladas no período 2002/2003 – chegue a 90 mil toneladas. O projeto agora é gerar escala suficiente para reativar uma das usinas que funcionaram até meados da década passada ampliando assim a produção de cana e seus derivados. As estimativas apontam para uma produção de cerca de 300 mil toneladas de cana em um prazo de dois anos. Apesar do projeto de reativar usinas as destilarias são o ponto de destino da maior parte da cana produzida no estado. A Paraíba destina cerca de 75% de sua produção para a produção de álcool. A receita esperada para esta safra é de aproximadamente R$ 350 milhões.

Já o Rio Grande do Norte deverá ter uma safra semelhante à registrada no período 02/03. “Apesar disso, a produção industrial deverá registrar um desempenho bastante positivo”, diz o presidente da Associação dos Plantadores de Cana do Rio Grande do Norte (Asplan), Renato Lima. A Usina Estivas, a maior do estado, deverá moer 1,6 milhão de toneladas de cana. A estivas é uma das três maiores esmagadoras de cana individuais do Nordeste. Além disso, unidades industriais que até dedicavam-se as produzir apenas açúcar ou álcool este ano optaram por dividir suas atividades entre os dois segmentos econômicos. É o caso da Baía Formosa que no ano passado direcionou seus esforços apenas para a produção de álcool mas que na safra também pretende produzir açúcar.

Mas o alento maior vem de regiões como Ceará-Mirim que no passado chegou a produzir cerca de 900 mil toneladas e viu este volume despencar drasticamente. A boa perspectiva, segundo a Cooperativa do Plantadores de Cana-de-Açúcar (Cooplan), se deve ao início da moagem em fase experimental de uma unidade da Aguardente Ypioca.

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