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Parasitas da pecuária são alvo de pesquisa da Unesp

O Departamento de Parasitologia Veterinária da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, campus da Unesp de Jaboticabal, no interior paulista, coordena uma pesquisa em andamento que procura substâncias com potencial imunológico produzidas no organismo do carrapato, os chamados correlatos imunes.

Essas substâncias quando utilizadas na vacina agem no mecanismo de defesa do hospedeiro protegendo-o contra o ataque do parasita, que morre ao sugar o sangue.

Entre as doenças transmitidas pelo ácaro, a babesiose é uma das mais comuns. Ela provoca perda de peso dos animais, anemia e pode levar à morte. Para a indústria de couro, grande parte dos prejuízos é causada pela incidência do parasita no rebanho.

Conforme relato dos técnicos do Departameto da Unesp, ao picar o animal, o carrapato causa uma lesão na pele, que compromete a qualidade do couro.

Segundo dados do Ministério da Agricultura, as perdas anuais com exportação no setor são de aproximadamente US$ 2 bilhões, sendo que 50% dos defeitos no couro devem-se ao manejo inadequado e à falta de controle de parasitoses.

Atualmente, para contornar o problema, os pecuaristas fazem uso de acaricida, substância química que contamina não só o meio ambiente, como também a carne e o leite. A utilização desse produto pode, ainda, gerar problemas futuros.

A pesquisa é financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – Fapesp, pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa – e pelo Programa de Apoio do Núcleo de Excelência de Ensino – Pronex, com o auxílio da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, campus de Ribeirão Preto.

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