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Paraná lidera expansão industrial brasileira

O Paraná liderou a expansão da produção industrial brasileira em outubro, com 7,6% de crescimento em relação ao mesmo mês do ano passado, seguido por Rio Grande do Sul e Ceará, ambos com 5,5%. A média nacional foi de 1,1%, tendo sido registrado crescimento em nove das 12 áreas pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No acumulado do ano, a indústria paranaense cresceu 3,4%.

Segundo o IBGE, o agronegócio foi o principal responsável pelo crescimento industrial do estado em outubro. A produção de máquinas agrícolas influenciou o setor mecânico, que cresceu 22,6%, assim como a fabricação de fertilizantes e defensivos puxou o setor químico, que teve aumento de 14,8%. Também tiveram destaque a indústria de móveis (19,5%), madeira (19,1%) e de produtos alimentícios, entre elas a açúcareira (5,2%). Esse último também tem relação direta com o bom momento do agronegócio no estado.

O secretário estadual da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul, Luis Mussi, afirmou que as cooperativas têm sido, em grande parte, responsáveis por esse crescimento. “As cooperativas estão investindo pesado na industrialização. Com maior valor agregado aos produtos, elas estão contribuindo mais para a geração de riquezas no Paraná”, disse o secretário.

“Com o Programa Bom Emprego, que atende aos novos investimentos, e o tratamento tributário diferenciado para micro e pequenas empresas, além de outros incentivos, o governo do Paraná contribuiu para um cenário favorável ao desenvolvimento econômico em 2003”, acrescentou.

Somente a Coamo Agroindustrial, a maior cooperativa da América Latina, com sede em Campo Mourão, investiu R$ 77 milhões em 2003, principalmente no esmagamento de soja. Em 2004, a cooperativa prevê investir R$ 60 milhões na modernização do moinho de trigo e na produção de biodiesel.

O Paraná colhe uma safra recorde em 2003/04, de 30 milhões de toneladas de grãos, o que significa crescimento de 34% em relação ao ano anterior. Nacionalmente, o setor também vive excelente fase: o Brasil também terá uma colheita recorde, com 122 milhões de toneladas.

O agronegócio aumentou sua participação no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, de 29% em 2002 para 31,5% em neste ano, segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Se não fosse o crescimento do setor, a variação do PIB brasileiro teria sido negativa em 2003. (Fonte: Agência Brasil)