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Para salvar o canavial

O potencial de destruição provocado pela recém-introduzida ferrugem alaranjada nos canaviais chamou a atenção dos pesquisadores no Brasil. A doença que reduz o rendimento da plantação ampliou os desafios do setor, que já enfrenta outros focos de prejuízo, como o carvão, ferrugem marrom, mosaico, escaldadura, amarelinho e raquitismo. Um novo trabalho de zoneamento e indicação de níveis críticos de risco climático para a ocorrência da ferrugem provocada pelo fungo Puccinia kuehnii foi desenvolvido em São Paulo. O levantamento poderá ser empregado no planejamento da cultura em outras regiões para evitar problemas nas próximas safras.

Em estágio profissionalizante realizado no Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), a acadêmica Dayana Lardo dos Santos, do curso de engenharia agronômica da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP) desenvolveu, sob orientação do professor Paulo César Sentelhas, do Departamento de Engenharia de Biossistemas (LEB), o trabalho Zoneamento da favorabilidade climática para a ocorrência da ferrugem alaranjada da cana-de-açúcar no Estado de São Paulo.

A pesquisa aponta que, nos locais onde a ferrugem alaranjada tem ocorrido, o controle tem sido feito basicamente com o plantio de variedades resistentes. Nas variedades suscetíveis, o controle vem sendo feito por meio de aplicação de fungicidas durante as janelas de abertura à doença e no início do ciclo das infecções. Porém, diz Dayana, vários aspectos importantes ainda precisam ser conhecidos para um manejo adequado e racional da doença, sendo as condições, épocas e locais mais favoráveis para a ocorrência da doença informações extremamente necessárias.