“Se querem que o ‘combustível completão’ ganhe espaço, que venham e ocupem esse espaço com competitividade. Não adianta dizer: esse mercado é meu, mas detonem o meu concorrente”.
A opinião é do diretor do Departamento de Combustíveis do Ministério de Minas e Energia, Ricardo de Gusmão Dornelles, que nesta segunda-feira, 21 de outubro, participou de um evento na cidade de São Paulo, capital, voltado ao setor sucroenergético.
De acordo com ele, a perda de competitividade se deve, também, ao trabalho realizado pelo segmento, já que o etanol sempre teve uma carga tributária federal menor do que a da gasolina. “A Cide não foi criada para proteger o etanol e nem manter uma diferença entre os preços de mercado. Ela foi uma tributação regulatória, para conter a inflação”.
Questionado sobre a necessidade de políticas públicas amplas, ele citou o número de usinas e suas situações como empecilho. “Achar uma medida que atenda todos, é difícil. O setor é muito grande, com realidades diferentes entre as unidades. Há uma disparidade entre as usinas enorme. Temos que continuar discutindo para encontrar um caminho”.
Por fim, ele reiterou a importância do setor canavieiro, fazendo ressalvas, mais uma vez. “É vital para o País que esse segmento cresça, mas esse crescimento não pode ser a qualquer custo”.