Para Garneiro, Alca não significa perda da soberania

O empresário e presidente do Fórum Mundial das Américas, Mário Garneiro, reiterou hoje cedo, em Ribeirão Preto – SP -, a entrada do Brasil na Aliança do Livre Comércio das Américas – Alca. Segundo ele, há grupos, entre os que apóiam o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, que vêem perda de soberania ou ponto de dependência se o País negociar com o futuro bloco. “Não é nada disso”, afirmou. “Basta ver o México, no caso de sua entrada no Nafta, bloco também coordenado pelos Estados Unidos”.

Segundo Garneiro, o México tem esbanjado vitalidade econômica depois de seu ingresso no bloco com os EUA e Canadá. “A inflação mexicana, que era de 51% ao ano, hoje é de 4,4% anuais”, exemplifica. “E o risco país deles é de 200 pontos, contra até dois mil no caso do Brasil”.

Conforme ele, o Brasil deve pensar rápido porque a Alca será de fato estabilizada “e todos países querem entrar no mercado norte-americano, basta ver a China, considerado país inimigo dos EUA, mas que tem feito acordos, principamente para aquisição de produtos”.