O governo e a indústria de base sucroenergética do Brasil deveriam se unir para incentivar a Índia à produzir etanol. Essa é a opinião do professor da Unesp, Marcos Omir Marques, engenheiro Agrônomo, especialista em Tecnologia Sucroalcooleira que acompanha o setor há 30 anos. “Através dessa iniciativa a Índia diminuiria seus níveis de produção de açúcar o que asseguraria melhor remuneração para o produto nas bolsas internacionais”.
Segundo Marques, a idéia seria utilizar a tecnologia brasileira, já consolidada para produzir etanol na Índia, o que reduziria a oferta de matéria-prima para açúcar e consequentemente, o produto no mercado. “A menor oferta de açúcar indiano, que possui baixo custo de produção, reduziria a pressão dos preços no mercado internacional. E o etanol seria todo consumido no seu mercado interno”, diz.
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Segundo ele, a Índia já dá sinais de reação para 2011/12. “O Brasil já deveria ter se mobilizado há um ano atrás. Estamos atrasados e a Índia pretende voltar com força total”, lembra.
Sobre a produção e exportação brasileira de açúcar VHP, ele comenta que essa somente agrega valor para os importadores que reprocessam o produto. “Nós preparamos o terreno, plantamos cana, cortamos, transportamos, processamos e somente os importadores saem ganhando com o valor agregado”, frisa.
