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Para Dornelles, bioenergia necessita de marco regulatório estável para atrair investidores

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Durante a Semana de Bioenergia, realizada até este sábado em Brasília, o diretor do Departamento de Combustíveis Renováveis do Ministério das Minas e Energia (MME), Ricardo Dornelles, ressaltou a importância de um marco regulatório estável que confere segurança para as empresas investirem em bioenergia. “Retroceder em um marco regulatório é o pior sinal que podemos dar para uma indústria nascente”, afirmou.

Para outro convidado, a estabilidade, no entanto, não significa que a legislação deva permanecer estática; pelo contrário, deve ser atualizada conforme a evolução do mercado. Raffi Balian, copresidente do Grupo de Trabalho de Capacitação da GBEP, destacou que a legislação de um país não pode ser simplesmente adotada por outro, mas atender às características e às necessidades de cada país.

Como o Brasil é reconhecido internacionalmente pelo uso intensivo de fontes renováveis de energia, que respondem por quase metade da matriz energética do País, a bioenergia ganhou destaque, especialmente com a produção de etanol e biodiesel. “Nós conseguimos, com muito esforço e investimento em pesquisa por parte de instituições com a Embrapa, aumentar tanto a produção de alimentos quanto a de etanol”, lembrou o embaixador brasileiro Luiz Alberto Machado.

Para ele, o mundo é diverso, feito de países com diferentes condições geográficas, que saberão combinar a produção de alimentos com a de energia.

Mas o maior recado que o evento deixou na ocasião, foi que o estabelecimento de marcos regulatórios sólidos tornou-se muito importante para o avanço do uso da biomassa como fonte energética.

O evento internacional começou nesta segunda (18) e segue até sábado (23), em Brasília/DF, com a participação de técnicos de mais de 30 países. É promovido pela Global Energy Partnership (GBEP), o Ministério das Relações Exteriores (MRE), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e a Embrapa Agroenergia. Conta também com o apoio da Organização dos Estados Americanos (OEA), do Departamento de Estados dos Estados Unidos e da empresa Raízen.