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Para banco, estoques e menor risco geopolítico derrubam matéria-prima

Os novos estoques de grãos divulgados pelo Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), previsão de recomposição de safra nos EUA e a manutenção da tendência de queda dos metais devem fazer as commodities recuar 0,9% neste ano.

A estimativa consta no ICI (Índice de Commodities Itaú), que antes apontava uma elevação média de 0,4% para este ano, em relação a 2012.

Conforme apuração dos economistas do Itaú, as commodities agrícolas caíram 2,1% em março, percentual próximo dos 2,3% dos metais básicos.

Já o setor de energia teve alta de 1%. Na média, o índice de acompanhamento do banco registrou retração de 1,5%.

O mercado de commodities agrícolas já vinha com tendência de queda devido à perspectiva de os EUA retomarem o nível normal de produção agrícola. Em 2012, houve forte retração da produção devido a condições climáticas.

A queda de preços foi ainda maior depois da divulgação de estoques acima do previsto pelo mercado. Os economistas do banco acreditam que esse estoque reflita uma reação do mercado aos preços elevados das commodities. A queda deve persistir durante o primeiro semestre.

No caso dos metais básicos, a queda viria da preocupação com o impacto das medidas para desaquecer o mercado imobiliário na China. Persiste também a preocupação com a demora na recuperação da economia europeia.

No setor de energia, o preço do barril de petróleo esteve próximo a US$ 110 em março. Os economistas do departamento de pesquisa macroeconômica do Itaú atribuem a queda, em relação a fevereiro, a uma redução da percepção de risco geopolítico.