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Para alavancar indústria, União Nacional do Etanol de Milho é criada em MT

Produção de etanol de milho pode ensinar muito aos produtores de etanol de cana
Produção de etanol de milho pode ensinar muito aos produtores de etanol de cana

Foi criada nesta semana, em Cuiabá, a União Nacional do Etanol de Milho (Unem). Composta pelo setor privado e entidades representativas do setor agrícola, o objetivo da associação é fomentar o desenvolvimento industrial do etanol de milho no país.

Conduzida pelo conselheiro consultivo e ex-presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Ricardo Tomczyk, e pelo também conselheiro consultivo e vice-presidente da Associação Brasileira de Produtores de Milho (Abramilho), Glauber Silveira, a Unem é um marco para o setor. “Nosso objetivo é focar no desenvolvimento da cadeia do etanol de milho. Sabemos que temos potencial. Agora, com a associação, poderemos desenvolvê-lo de maneira mais articulada”, afirmou Tomczyk.

Defensor do etanol de milho há anos em Mato Grosso, Silveira destacou a importância da associação com foco em resultados. “A associação é um marco para o desenvolvimento dessa cadeia que vem crescendo no Brasil. É importante termos uma associação nacional, que busque alternativas para resolver nossos gargalos e também que incentive o setor”, afirmou.

Para o presidente da FS Bioenergia, Henrique Ubrig, a Unem possibilitará o crescimento de todos os elos. “A associação é um grande benefício para incentivar a competência, organizar a indústria e acelerar o processo de instalação de novas unidades industriais. Esse é o grande motor”, pontuou.

Além disso, Ubrig lembrou que Mato Grosso já é palco de uma grande produção agrícola, mas que a indústria de etanol de milho ainda é embrionária. Por causa disso, a associação deve unir a cadeia para fazer com que os processos sejam mais dinâmicos e eficazes, afirmou o presidente da FS Bioenergia. A FS Bioenergia é uma usina que produz etanol e coprodutos do milho em Lucas do Rio Verde, inaugurada em agosto deste ano.

Presidente regional da Novozymes América Latina, Emerson Vasconcelos considerou um avanço para o agronegócio a criação da Unem. “A associação veio em um momento essencial e adequado. Ela servirá para suportar e estruturar a cadeia do milho. Sabemos que só uma empresa ou uma parte desta cadeia não conseguiria, sozinha, fazer com que o etanol de milho se desenvolvesse”, argumentou.

Unem

A Unem foi criada durante reunião na última segunda (18). Estavam presentes e compõem a associação as instituições: Aprosoja, Associação dos Produtores de Sementes (Aprosmat), Abramilho, Associação de Reflorestadores de Mato Grosso (Arefloresta), Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) e Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato).

Do setor privado, estiveram representantes da indústria de etanol, como a FS Bioenergia e a SJC, de Goiás; fornecedores de máquinas e equipamentos, como SL Process, Fermentec, Amazônia Máquinas e Lallemand BDS; e empresas de produtos químicos, insumos e sementes, como Dow/Du Pont, Pioneer, Novozymes e Leaf.

Representantes da Cooperativa Agropecuária e Industrial Celeiro do Norte (Coacen), das indústrias Alcoolina e Alcooad, da comercializadora CHS e da Fundação Rio Verde também participaram da reunião de criação da Unem.

Um estudo apresentado neste mês, realizado pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) e solicitado pela Aprosoja e Sindicato das Indústrias Sucroalcooleiras (Sindalcool-MT), mostrou que Mato Grosso tem viabilidade para produção de etanol de milho.