Mercado

País negocia venda de etanol aos japoneses

O incremento das relações bilaterais entre Brasil e Japão, com vistas a uma futura zona de livre comércio, ficou nas intenções colocadas por empresários japoneses e brasileiros durante encontro ontem, em São Paulo. Mas para o curto prazo, e de forma concreta, resultou a possibilidade de produtores brasileiros fornecerem etanol ao Japão, que estuda, por razões ambientais, adicionar entre 3% e 10% do produto à gasolina.

“A adição de 10% de etanol pode significar a venda de 50% da produção nacional de álcool ao Japão”, afirmou o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, que participou da abertura do evento organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Ao apontar que o etanol oferece uma perspectiva muito interessante ao País no comércio com o Japão, o presidente da CNI, Armando Monteiro Neto, observou, no entanto, que o abastecimento interno deve ser garantido e que a alta demanda por exportações poderá levar à necessidade de adoção de cláusulas de proteção ao mercado interno.

Segundo Furlan, o Japão já ocupou o posto de quarto maior parceiro importador do Brasil e agora é o sétimo.

A balança comercial entre os dois países, que chegou a US$ 6,6 bilhões em 1997, fechou 2002 em US$ 2,2 bilhões, com as importações brasileiras caindo 23,4% e as exportações subindo 5,6% ante 2001. O fraco desempenho levou o Japão a perder para a China o posto de maior comprador asiático de produtos brasileiros.

Brasil e Malásia

As relações comerciais também estiveram no foco de reunião ontem entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o primeiro-ministro da Malásia, Mahathir Bin Mohamad. Depois de encontro no Palácio do Planalto e almoço no Itamaraty, Lula disse que a visita “inaugura uma etapa de maior cooperação entre Brasil e Malásia”.

O presidente também citou a mesma postura de ambos diante do atual cenário mundial, com o repúdio à guerra e o pedido feito várias vezes ao Iraque para cumprir a resolução 1441 do Conselho de Segurança da ONU.

Ele defendeu a importância das Nações Unidas e uma solução pacífica para a crise. Para Lula, o primeiro-ministro deixa um importante legado a seu povo, ocupará lugar de honra na história e receberá o respeito dos países que lutam contra a exclusão social. (Gazeta Mercantil)

Banner Evento Mobile