Mercado

País é antepenúltimo em competitividade

Um trabalho da consultoria americana DRI-Wefa, sob encomenda da Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), coloca o Brasil em sétimo lugar em um ranking de competitividade com outros oito países.

O país fica à frente de Argentina e Espanha e perde para Coréia do Sul, Taiwan, Chile, EUA, Alemanha e México. Em janeiro, o documento será encaminhado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A consultoria constatou que o Brasil tem a segunda maior carga tributária (37,82%) entre os países pesquisados, perdendo apenas para os 38,17% da Alemanha. De acordo com o estudo, a carga de impostos brasileira é mais que o dobro da de Taiwan (13,19%). De acordo com um exercício de cenários feito pela consultoria, caso o Brasil cortasse 20% da carga tributária, saltaria para o quinto lugar no ranking geral de competitividade e passaria do quinto para o terceiro lugar no indicador de potencial de crescimento.

A perspectiva de crescimento médio da economia no período de 2001 a 2015 passaria de 3,7% para 4,3% ao ano.

Para elaborar seu indicador de potencial de crescimento econômico a consultoria criou um hipotético conglomerado com atuação nos setores de alimentos, químico, metalúrgico, farmacêutico, mecânico, de material elétrico, de material de transportes, de hotelaria e de restaurantes.

O mesmo conglomerado foi submetido às condições gerais dos países, escolhidos com base em uma amostra próxima ao que seria o universo no qual uma nação precisa competir -três países ocidentais desenvolvidos, três latino-americanos e dois dos chamados tigres asiáticos.

Os estudos partiram então de três variáveis, o valor adicionado anual à produção (valor bruto da produção menos consumo de bens necessários à mesma), o crescimento previsto da produtividade de 2001 a 2015 e o custo unitário da mão-de-obra para calcular o indicador de potencial de crescimento, variável de maior peso no índice de competitividade. (www.folha.com.br)

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