A retomada das negociações da Organização Mundial do Comércio (OMC) depende dos progressos que ministros de cerca de 30 países forem capazes de fazer na reunião de hoje e amanhã em Dalian, China. “Os avanços não são suficientes para a reunião em Hong Cong e não vejo o que pode ajudar a desbloquear a situação”, disse o diretor da OMC aos 148 países-membros. O ministro Celso Amorim participa do encontro, no qual o G-20 tenta buscar um consenso sobre os cortes de tarifas para produtos agrícolas.
As ONGs também fizeram o alarme soar e a Oxfam afirmou que essa é uma reunião crucial diante da falta de progressos em Genebra. Espera-se que na reunião de Hong Cong, em dezembro, seja fechado ao menos a maior parte do acordo da Rodada de Doha.
Os presidentes dos comitês negociadores mais importantes, o de agricultura, o neozelandês Tim Groser, e o de acesso a mercados para bens industriais (Nama), o islandês Stefan Johanneson, disseram aos países ser “urgente” que resolvam suas diferenças cada vez maiores.
Groser advertiu que há um objetivo a cumprir em 31 de julho, quando deve estar preparada uma estrutura adequada na negociação agrícola, para que se passe a uma fase mais política de setembro a dezembro.