A oferta inicial de ações da Cosan, maior produtora de açúcar e etanol do mundo, foi remarcada para o dia 18, oito dias após o prazo original, e dará oportunidade aos investidores de uma participação no “boom” brasileiro do açúcar e etanol. As ações da empresa deveriam ter seu preço de abertura fixado na última terça-feira e ter chegado ao pregão da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) hoje.
A operação havia sido suspensa por 15 dias, pela CVM, por violação do regulamento que proíbe a divulgação de informações no período que antecede a oferta.
A Cosan vai realizar uma oferta pública de cerca de 16 milhões de ações. O objetivo é captar recursos para aquisições e para levar adiante a consolidação da indústria brasileira da cana, de acordo com analistas.
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A empresa negou, ontem, que ela ou um dos coordenadores da operação, o banco de investimentos Morgan Stanley, tivessem divulgado informações que não constantes de seu prospecto, o que teria originado a punição da CVM.
Na avaliação de analistas, o adiamento não afetará a abertura de capital da companhia. “Não creio que a suspensão pela CVM deva afetar o sucesso da abertura de capital. A demanda pelas ações é forte”, disse Celso Boin Jr., analista da Fama Investimentos. Segundo ele, a mais recente abertura de capital, a do banco de varejo Nossa Caixa, teve tanta procura que os investidores conseguiram adquirir apenas 5% do total que pretendiam.
Para os analistas, existe uma demanda vigorosa por praticamente qualquer oferta de ações no Brasil. As recentes ofertas públicas tiveram procura elevada, acrescentaram.
