As cotações do açúcar na Bolsa de Nova York voltaram a cair ontem, em 3,3%. É a segunda queda consecutiva na semana. O motivo é que, além de uma oferta crescente da commodity neste final de ano, grandes exportadores mundiais, como a Tailândia, devem entrar com produções maiores já no início do próximo ano. Aliado a isso, grandes compradores do produto derivado da cana como Rússia e Ucrânia, passaram a investir em seu açúcar de beterraba e devem colher os resultados do investimento em 2007.
“Como houve a troca de contratos que venciam em outubro pelos novos papéis com vencimento em março do próximo ano, os investidores estiveram atentos à entrada destas novas ofertas no início de 2007”, disse o analista da Safras & Mercado Gil Barabach.
Segundo o analista, tanto Rússia quanto Ucrânia não investiam tanto em sua cultura de açúcar de beterraba devido ao alto custo na comparação com o açúcar da cana. “Com as altas de preço no açúcar da cana, entretanto, passou a valer a pena o investimento na beterraba”, disse Barabach.
No dia de ontem a baixa da commodity também teve como responsável a pressão da baixa no preço do petróleo.
O barril de óleo do tipo WTI com vencimento para o mês de novembro encerrou em baixa de 3,9%, negociado a US$ 58,68 em Nova York.
“Esta baixa influencia os preços do açúcar porque causa baixa nos índices de commodities e também porque afetam os preços do álcool e, por conseqüência, os do açúcar.
Açúcar Guarani
A companhia sucroalcooleira Açúcar Guarani, subsidiária do grupo francês Tereos, anunciou ontem a aquisição de uma usina, ainda em construção, do Grupo Petribu. A unidade fica no município de Tanabi (SP).
No local da usina será construída, segundo comunicado da Guarani, uma destilaria. Ela deve entrar em operação em agosto de 2007, com moagem de 500 mil toneladas de cana e produção de 40 milhões de litros de álcool.
A Guarani possui outras três unidades industriais e prevê processar, nesta safra (2006/2007), 7,9 milhões de toneladas de cana.