A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) informou que a expansão da economia mundial desacelerará em 2007 e alcançará seu menor ritmo dos últimos quatro anos, brecada pela desaceleração dos Estados Unidos, que obrigará o Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA) a cortar suas taxas de juros.
O crescimento dos 30 países-membros da OCDE recuará para 2,5% em 2007, contra os 3,2% estimados para este ano. Esse será o pior resultado desde os 2% registrados em 2003, segundo relatório da organização. A estimativa para 2007 ficou abaixo dos 2,9% previstos em maio passado.
A expansão da Europa e dos países emergentes suavizará a desaceleração dos EUA e do Japão, segundo a OCDE. O crescimento estimado para os membros da OCDE, que não conta com a China e a Índia entre seus países filiados, alcançará aproximadamente a metade da expansão mundial prevista para 2007 pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) em setembro passado, de 4,9%.
A taxa de inflação dos países da OCDE, conforme a medida pelo deflator do Produto Interno Bruto (PIB), deve ficar em 2,2% no ano que vem, o mesmo patamar prognosticado para este ano e superior aos 2,1% previstos em maio passado.
A OCDE prevê que o crescimento dos EUA, maior economia do mundo, desacelerará para 2,4% no ano que vem, a partir dos 3,3% de 2006 e dos 3,1% prognosticados em maio, num momento em que o mercado imobiliário residencial do país se enfraquece. O ritmo da construção de residências “recuará ainda mais”, segundo a organização.
No ano que vem, à medida que a economia dos EUA se desaquecer, a OCDE estima que a economia dos 12 países que compartilham o euro crescerá 2,2%, contra os 2,1% de maio. O órgão estima que a região crescerá 2,6% este ano e 2,3% em 2008.
Fora da OCDE, a Rússia, a China e a Índia se mantêm como motores do crescimento mundial e a economia chinesa deve continuar se expandindo a taxas superiores a 10% em cada um dos próximos dois anos, segundo o relatório.