Mercado

"O setor nunca teve um mercado tão espetacular como hoje"

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Com um resumo dos principais gargalos que envolvem o setor sucroenergético, Luiz Carlos Carvalho, presidente da Abag – Associação Brasileira do Agronegócio, participou nesta quarta-feira, 11/12, de um evento na cidade de Limeira, SP, promovido pela Usina Iracema. Na presença de jornalistas e diretores da unidade, Caio, como também é conhecido, criticou as ações governamentais que envolvem o agronegócio em geral, deixando claro que, mesmo sendo um dos pilares econômicos do país, o setor não é prioridade do governo.

O consultor traçou um panorama do cenário internacional, que aponta o crescimento de países emergentes, além da estagnação brasileira. “Os Estados Unidos estão superando a crise de forma surpreendente, assim como os países europeus, que estão saindo do período de recesso. Oriente Médio, Irã e Síria trilham seus caminhos. Já o Brasil não sabe para onde seguir”, afirmou.

De acordo com o representante, o país precisa se concentrar no que tem de melhor e mais forte, no caso, o agronegócio. “Outros países sofrem com limites geográficos, climáticos e de recursos naturais. O Brasil, não. Mas a insensibilidade do Governo Federal é tão grande que estamos em uma situação critica, como no caso do setor sucroenergético”, esclareceu.

Caio lembra ainda que mesmo com as dificuldades externas, com políticas públicas efetivas o cenário pode mudar. “Nos Estados Unidos, com estratégia e leis, as coisas mudaram. O setor sucroenergético brasileiro nunca teve um mercado tão espetacular como hoje. Com a situação de risco sempre iremos conviver, mas incerteza é outra coisa. Ela não nos dá a chance nem de arriscar”, pontuou.

Para 2014, ao menos em termos de produção, o consultor não se mostra otimista. “Não tivemos um índice de renovação de canaviais satisfatório. Com isso, a idade média das plantas irá aumentar, o que pode impedir o avanço necessário da produção”.

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