Mercado

O retorno das usinas de açúcar

A região Norte Fluminense, que no auge da produção de açúcar chegou a ter 23 usinas em pleno funcionamento, nos séculos XIX e XX, hoje possui somente três ativas. Impulsionado pela redução de ICMS da produção de etanol no Rio de Janeiro (de 24 para 2%), o Grupo Canabrava anunciou em setembro a construção de uma nova unidade na zona rural de Quissamã.

O investimento é de cerca R$ 300 milhões, divididos entre a indústria e o plantio da cana-de-açúcar. A expectativa é gerar mil empregos diretos e colher a primeira safra em 2015.

A usina terá capacidade de moagem de 1,5 milhão de toneladas de cana e produzirá 120 milhões de litros de álcool por ano.

— É muito importante trazer uma nova funcionalidade para a cana da região, produzida aqui desde o período colonial — diz Haroldo Carneiro, secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo de Quissamã, que salienta a utilização do plantio das zonas rurais das cidades de Conceição de Macabu e Carapebus.

O secretário destaca ainda o aspecto sustentável da produção canavieira atual. Carneiro explica que a região agrícola teve a implantação de um sistema de irrigação que utiliza o vinhoto. Conhecido também como vinhaça, o resíduo pastoso é considerado o vilão da produção sucroalcooleira, por ser altamente poluidor.

— Hoje podemos chamar a indústria da cana de verde, pois produzimos o etanol, um combustível mais limpo, e com danos mínimos ao meio ambiente — afirma.

Siga o Bairros.com no Twitter: @Bairrospontocom.