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O Ministério da Fazenda prevê alta do PIB agrícola

A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda projeta para este ano um crescimento de 4,5% no Produto Interno Bruto (PIB) da agricultura, com uma safra estimada pelo mercado em torno de 107 milhões de toneladas no período 2002/03, um novo recorde. Com isso, a agricultura brasileira estará acumulando expansão de 32% nos oito anos do Plano Real, de 1994 a 2002. Isso equivale a um aumento médio no PIB agrícola de 3,5% ao ano. Também a pecuária registra crescimento em 1994/02, tendo a produção de carnes (bovinos, aves e suínos) e de leite avançado no período 67% e 33%, respectivamente. “Em 1994/2002, a produção de grãos mudou de patamar, evoluindo de 81 milhões de toneladas, em 1994/95, para cerca de 100 milhões de toneladas no ano passado e resultando numa expansão acumulada de 25%”, destaca relatório da SPE. O padrão de crescimento da agricultura decorre essencialmente do aumento da produtividade, com incremento de cerca de 62% nos últimos oito anos. No entender dos especialistas da SPE, esses ganhos de produtividade têm sido repassados aos preços dos alimentos. Eles destacam que, ao longo do período de vigência do real, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) registrou alta de 120%, sendo que a variação do item alimentação foi em menor, de 74%. Os levantamentos da SPE mostram que no período 1995/2001 houve expansão de 173% no valor dos financiamentos rurais, com significativa retomada de investimentos. Somente as vendas de máquinas agrícolas cresceram 153%, entre 1996 e 2001. A capacidade de modernização do agronegócio brasileiro também pode ser avaliada pelo superávit comercial do setor de US$ 19 bilhões em 2001, destacam os técnicos da SPE. Eles lembram que o refinanciamento da dívida do setor envolveu recursos de R$ 30 bilhões, cujo resultado foi promover o saneamento financeiro da agricultura. (GAzeta Mercantil)