A Pentagro, empresa inovadora de base tecnológica, sediada em São Carlos, lançou no dia 28 de junho, um produto que pretende revolucionar o setor sucroenergético. O BdME, software de simulação de processos sucroenergéticos, foi oficialmente laçado na sede do Instituto Inova e contou com a participação de empresários e profissionais do setor de Tecnologia da Informação (TI) e do setor sucroenergético.
Segundo André Lins, sócio-diretor da Pentagro, o BdME busca a eficiência produtiva máxima e contempla aplicações específicas para os diversos processos das usinas: moagem; tratamento de caldo; fábrica de açúcar; destilaria de etanol; vapor e geração de bioeletricidade.
“A aplicação do BdME na gestão de rotina industrial permite a detecção e correção das ineficiências e gargalos do processo de produção de açúcar, etanol e energia”, explicou André Lins. O BdME é um aplicativo de software projetado para modelar e simular processos industriais das usinas sucroenergéticas, e para monitorar e otimizar o seu desempenho operacional.
O sócio-diretor da Pentagro, empresa associada ao Instituto Inova, afirma que se trata de um software preciso, robusto e com interface amigável e modular. “Hoje, no lançamento, queremos que os empresários e profissionais façam um test-drive para conhecer o software e tirar possíveis dúvidas”. Segundo ele, uma das mais impactantes inovações desta nova versão do produto é que o usuário tem, agora, a prerrogativa de construir, conforme suas necessidades, seus próprios modelos ou regras operacionais dentro do ambiente do BdME.
“Nosso negócio sempre foi inovador. Em 2010, lançamos uma versão do BdME aqui no Instituto Inova e foi um sucesso. Agora, em 2012, estamos lançando esta nova versão (BdME 2.0.7) que contempla, além da comercialização, treinamento e integração, o comissionamento, ou seja, com a parceria estabelecida com a empresa PRX Soluções em gestão Agroindustrial, podemos entregar o produto pronto para ser usado”, explica André Lins.
Com essa parceria a solução BdME faz parte do portfolio de produtos da célula MESAgro da PRX, que tem o foco de preencher as lacunas entre os diversos sistemas utilizados nas organizações e contribui para otimização de processos. “Os clientes são os mais beneficiados com essa parceria porque agora encontram uma solução complementar em um único fornecedor como é o caso da PRX, o que facilita a inovação e consolidação de conhecimento nas integrações dos processos produtivos” afirma Adilson Zem, da área de Novas Soluções da PRX.
PRX é uma empresa brasileira líder no fornecimento de sistemas de gestão do agronegócio, consolida e agrega 22 anos de experiência, combinando conhecimento, tecnologia e equipes complementares, com mais de 225 empresas clientes “plenas” de suas soluções (cana, citros e grãos), manejo de mais de 300 milhões de toneladas de cana / ano (cerca de 60% da toda a produção nacional) e 2,9 milhões de hectares de área produtiva e com clientes em 5 países (Brasil, Colômbia, México, Peru e Guatemala).
De acordo com ele, a Pentagro tem revolucionado o setor sucroenergético com um produto com alto grau de ineditismo. Durante décadas, os engenheiros e especialistas no processo produtivo de produção de açúcar e etanol utilizavam planilhas eletrônicas para analisar o balanço de massa e energia em suas plantas (usinas) industriais, e assim, projetar melhorias em seus processos, analisar cenários produtivos, estudos de viabilidade econômica, etc. O balanço de massa é importante para definir a rota produtiva e os equipamentos necessários para a transformação da cana-de-açúcar em produtos como açúcar, etanol e bioeletricidade. Já o balando de energia é importante para se definir a quantidade e a forma de energia necessária (térmica, elétrica ou motriz) para efetivar o balanço de massa.
Recentemente, importantes empresas do setor, como a Raízen (líder mundial na produção de açúcar e etanol) e o Grupo São Martinho (benchmark em produtividade e inovação no setor, tendo como sócia a Petrobrás), têm se beneficiado da nova tecnologia para cumprir a importante e estratégica tarefa. “O BdME é o primeiro software nacional e específico para este mercado. É uma tecnologia comercialmente dominada por poucos países no mundo como Inglaterra, EUA e Alemanha”, conta André Lins.
Com relação à aplicação do BdME em suas unidades, tanto a Raízen como a São Martinho, pretendem padronizar seus balanços de massa e energia, desenvolver projetos de melhorias e/ou expansão, aplicar a gestão da rotina e do desempenho de suas unidades produtivas, tomar decisões por meio de predições de comportamentos, detecção de gargalos e ineficiências e, por fim, buscar a otimização operacional, ou seja, produzir mais, melhor e gastando o mínimo de energia possível, explica a empresa.
Thaisa Agnoli, da Biosev/Santa Elisa, acredita que a apresentação do produto foi muito bem feita, principalmente por proporcionar o contato com o mesmo. “Pude realmente vê-lo em funcionamento e tirar todas as dúvidas, pois tinha um grande apoio da equipe presente. O evento respondeu a expectativa da empresa, pois era justamente algo que estávamos procurando. Como proporcionou o test-drive, pude ver de perto o trabalho”.