JC 190 – Serão lançadas em fevereiro do próximo ano, três tecnologias inéditas de agricultura de precisão para o segmento agrícola sucroalcooleiro que prometem reduzir custos e desperdícios, facilitar o trabalho e proporcionar maior exatidão de dados.
Trata-se de tecnologias de aplicação em taxa variada de herbicidas e fertilizantes em cana soca e a automatização de geração dos mapas para áreas de reforma via web. As novidades serão lançadas pela FarmSat Brasil e as ferramentas de aplicação em taxa variada em cana soca já estão em fase de testes em usinas de São Paulo e Goiás.
Para Leonardo A. A Menegatti, diretor da FarmSat Brasil e APagri, a tecnologia de aplicação em taxa variada de herbicidas em cana soca, oferecerá inúmeras vantagens, entre elas, redução da necessidade de catação e reaplicação de herbicidas, redução do efeito de fitotoxidade na cana e benefícios ambientais pois aplica-se a dose correta na área necessária.
“É uma tecnologia capaz de prever o comportamento do produto no solo e ajustar a dosagem. Ela vai custar aproximadamente R$ 15,00/ha. O retorno para cada real investido será de R$ 4,00 a R$ 10,00”.
Para a racionalização do adubo na soqueira, a tecnologia é baseada em imagens de satélite cujo objetivo é compreender como a cana se desenvolve.
“Ao saber isso será possível gerenciar o uso do fertilizante conforme o comportamento da matéria-prima, com economia e aumento de produtividade. Quem adquirir a tecnologia também pagará cerca de R$ 15,00/ha com retorno de R$ 3,00 a R$ 7,00 por cada real investido”, lembra.
Na opinião do especialista, a aplicação de calcário, gesso e fósforo em taxa variada que só beneficiava 20% da área total. “Com a novidade poderá ser adotada em 100% da área”, diz.
Outro lançamento será a automatização da geração de mapas para áreas de reforma, via web.
“Estaremos fornecendo a tecnologia com login e senha e em três minutos a usina já terá essa informação processada. Atualmente a informação demora dois dias para ser gerada pelo processo manual, além de ter que adquirir o software, que não é barato”.
Com a novidade, o laboratório de solos também será automatizado, o que vai integrar a coleta de amostras, as análises de solo e a geração de mapas. “Atualmente os dados são separados. A automatização ficará em torno de R$ 3,00/ha e o retorno para cada real investido entre R$ 3,00 e R$ 4,00”, diz.
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