Para a safra 2005/06, a expectativa é de que a colheita cresça novamente, batendo novo recorde de produção. Mas o ritmo deste crescimento poderá ser menor que o da safra anterior, segundo análises preliminares.
Segundo Luiz Carlos Corrêa Carvalho, o Caio, presidente da Câmara Setorial de Açúcar e Álcool, a produção de ATR (Açúcar Total Recuperado) deve crescer entre 6% e 8% nesta safra sobre a 2003/04.
Contudo, o clima seco sobre os canaviais, sobretudo os do Estado do Paraná, poderá contribuir para a redução da produtividade por hectare de cana na região Centro-Sul. As estimativas preliminares apontam uma quebra de 4% de cana no Estado. A expectativa é de que a quebra da produção de cana no Estado atinja de 3% a 5%. Se confirmada a quebra de 3%, a produção deve ficar em 30 milhões de toneladas. Se for de 5%, a colheita deverá ser de 29,5 milhões de toneladas. A expectativa inicial da Alcopar era de que a
colheita atingisse 31 milhões de toneladas de cana, segundo a Associação dos Produtores de Açúcar e Álcool do Paraná (Alcopar).
A renovação dos canaviais também será menor nesta nova safra, abrangendo cerca de 13% do total plantado. Tradicionalmente, a renovação atinge até 20% dos canaviais.
Com isso, boa parte dos cortes de cana será de matéria-prima com idade média de quatro anos, por conta de um canavial mais velho.
Eduardo Pereira de Carvalho, presidente da União das Agroindústrias
Canavieiras de São Paulo (Unica), disse durante o seminário “Perspectivas para o Agribusiness em 2005 e 2005”, promovido pela BM&F (Bolsa de Mercadorias e Futuros), no dia 7 de abril, que o setor vai se comprometer em produzir 1,5 bilhão de litros de álcool a mais na nova safra, na região Centro-Sul.
Carvalho recusou-se, contudo, de arriscar uma estimativa de produção para a nova safra. Segundo ele, o primeiro levantamento deverá ser anunciado no final de abril.