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Nova dificuldade à vista na exportação para a UE

A União Européia planeja estabelecer níveis máximos de ocratoxina em café, vinhos e sucos de frutas até o fim do ano, o que pode trazer mais problemas para os exportadores. Até lá, a Alemanha poderá manter o nível maximo que impôs do fungo “ocratoxina A” no café. Esse contaminante é suspeito de provocar câncer. A medida alemã voltou a ser questionada na quinta-feira por 14 países exportadores no Comitê de Medidas Sanitárias e Fitosanitarias da OMC. A Colômbia reclamou que a restrição alemã é dura, sem base científica e inconsistente com as regras internacionais porque níveis mais altos da microtoxina são autorizados em cerveja e vinho.

Um representante do Codex Alimentarium, único organismo multilateral encarregado de elaborar normas internacionais sobre segurança dos alimentos, mostrou o resultado de uma avaliação técnica: o café trás menos risco de acumulação de ocratoxina no corpo do que cereais. A UE argumentou que a Alemanha pode aplicar a restrição porque não há norma européia sobre a questão, mas que até o fim do ano Bruxelas pretende estabelecer níveis máximos para alguns produtos. Em 2003, Bruxelas causou pânico entre os exportadores ao baixar em até 100 vezes o nível de resíduos de 320 pesticidas em produtos como laranja, soja e café. As exigências representavam, na prática, a proibição da exportação para países como o Brasil. Depois de negociações, a UE deu prazo até janeiro de 2005 para os países se adaptarem às exigências.