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Nova América quer investir mais R$ 40 mi em terminal

O Grupo Nova América pretende iniciar em até três meses um plano de investimentos de R$ 40 milhões para ampliar a capacidade de movimentação de cargas de seu Teaçu Armazéns Gerais, situado no porto de Santos.

Segundo Renato Dias de Gouvêa, diretor superintendente do Teaçu, a idéia é desenvolver o projeto de expansão em parceria com uma trading de produtos agrícolas, e já há negociações avançadas nesse sentido.

Uma vez fechado o acordo, explica Gouvêa, a ampliação deverá durar 18 meses e o objetivo é agregar 1,5 milhão de toneladas por safra à movimentação anual do terminal, que nesta temporada 2003/04 – de julho do ano passado a junho próximo – tende a alcançar 800 mil toneladas.

“Será a consolidação do Teaçu na movimentação de cargas a granel, que é onde está o crescimento das exportações agrícolas brasileiras”, afirma o executivo.

O terminal começou a operar em junho de 1998, com foco na exportação de açúcar ensacado. A partida veio com o embarque de cerca de 200 mil toneladas por safra, volume que em 2000/01 chegou a 500 mil toneladas.

O começo das exportações de cargas a granel foi em 2002, e no ciclo 2001/02 a movimentação do terminal subiu para entre 800 mil e 900 mil toneladas.

Em setembro do ano passado, o Teaçu teve sinal verde para operar também com importações, medida que foi fundamental, de acordo com Renato Gouvêa, para reduzir a ociosidade provocada pela natural concentração dos embarques de açúcar entre os meses de junho e setembro.

Com a expansão, o diretor do terminal espera maior equilíbrio entre importações e exportações realizadas pelo terminal em Santos, além de um incentivo à diversificação dos embarques, principalmente com o incremento da saída de soja e milho.

Novos armazéns, um terceiro “shiploader” e equipamentos destinados à descarga ferroviária estão entre as melhorias que o aporte de R$ 40 milhões poderão proporcionar ao Teaçu – que até hoje recebeu aportes de R$ 30 milhões e tem capacidade estática para armazenar 1,2 milhão de sacas de açúcar e aproximadamente 40 mil toneladas a granel.

A ampliação também fortalecerá a posição do terminal no Sistema de Agronegócios (SAG) Internacional da Nova América, um dos três SAGs do grupo.

Nesta safra 2003/04, a receita do Teaçu deverá alcançar US$ 15 milhões, sendo que o faturamento total do conglomerado gira em torno de R$ 800 milhões.

Da movimentação do terminal, as cargas do próprio Grupo Nova América respondem por de 8% a 10%. Todo o resto vem de clientes que, no caso do mercado de açúcar e álcool, muitas vezes são inclusive concorrentes.

Renato Dias de Gouvêa garante que a idéia -é – e sempre foi – essa mesmo. “Desde o início o foco do Teaçu é o mercado”, afirma. Foi inclusive desenvolvido um sistema informatizado que permite ao cliente conferir on-line o andamento de suas cargas.