O presidente do Grupo Nova América, Roberto Rezende Barbosa, confirmou hoje que a companhia irá construir sua terceira unidade produtora de açúcar e de álcool. A usina será no município de Caarapó, na região sul do Mato Grosso do Sul. O empresário afirmou ainda que estuda a abertura de capital da Nova América, mas descartou que o processo ocorra em um curto prazo. “Estamos considerando, mas ainda não operando sequer o processo de abertura do capital. É um investimento para um longo prazo que irá requerer uma mudança de estratégia e um grande período de adaptação”, afirmou Barbosa. Apesar de ser um dos maiores grupos agroindustriais do País, a Nova América possui controle acionário restrito a três irmãos da família Rezende Barbosa. A Nova América já possui unidades produtoras nos municípios paulistas de Maracaí e Tarumã. O processamento de cana-de-açúcar em 2006/2007 deve atingir 7 milhões de toneladas, alta de 12% ante a safra passada. Sobre a nova unidade, Barbosa revelou apenas que ela deve iniciar a operação em 2008 e que mais detalhes, como capacidade de moagem, serão dados em setembro, no lançamento oficial do empreendimento na cidade sul-mato-grossense. “Eu queria ter o gostinho de anunciar tudo lá”, afirmou o empresário. Barbosa criticou a falta de planejamento na expansão do setor sucroalcooleiro, com quase uma centena de novos projetos previstos para serem viabilizados até a próxima década. “Estão surgindo usinas a dez quilômetros de distância umas das outras, quando o ideal seria uma unidade operar a cana em um raio de 40 quilômetros”, disse. “A sobreposição de raios de ação cria uma faixa de Gaza onde as usinas vão tentar se matar pela cana durante 30 anos e as duas correm o risco de morrer”, completou. Além da nova unidade produtora, outro investimento da Nova América é a construção de uma refinaria anexa à unidade de Tarumã para o processamento do açúcar a ser destinado ao mercado interno. O grupo é líder nacional no varejo com as marcas União e Dolce. Barbosa relatou que a co-geração de energia elétrica a partir da queima do bagaço da cana na usina foi fundamental para o investimento na refinaria com início de operação em 2007. “Nós temos uma refinaria autônoma em Limeira (SP) que funciona com o gás da Bolívia e não podemos mais arriscar tanto”, explicou o empresário. O Grupo Nova América movimenta 3 milhões de toneladas de açúcar e 250 milhões de litros de álcool por ano em seus vários braços empresariais. Além das unidades produtoras, refinadoras e das marcas, o conglomerado possui uma trading, armazéns, centros de distribuição e um terminal portuário. Possui ainda um braço de cítricos com fazendas que produzem 3,2 milhões de caixas de laranja e uma unidade de processamento de suco responsável por abastecer cerca de 90% das marcas comercializadas no varejo.
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Nova América confirma 3ª usina e estuda abrir capital
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