A diretora-presidente da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), Ana Pellini, recebeu no dia 7 de janeiro uma solicitação para o licenciamento ambiental de projeto inédito no Rio Grande do Sul, com a instalação conjunta de destilaria para a produção de álcool hidratado e de Pequena Central Hidrelétrica (PCH), que terá como combustível o bagaço da cana-de-açúcar.
O projeto será instalado na RS 165, nas proximidades de São Luiz Gonzaga. O projeto da Noroesthe Bioenergética S/A (Norobios), empresa formada com o capital de agricultores e investidores gaúchos, tem como principal foco a produção de álcool hidratado e co-geração de energia elétrica, através do processamento da cana-de-açúcar, prevendo a colheita 100% mecanizada, enquanto que as demais destilarias do país se situam na faixa de 25 a 50% de mecanização, prevendo investimentos de R$ 195,6 milhões.
Situando-se dentro do Programa RS Energia, o projeto pretende atrair investimentos no segmento de energias limpas e renováveis, proporcionando desenvolvimento sustentável. A empresa pretende produzir cerca de 100 mil m³ de álcool por ano, atendendo em parte a atual demanda estadual, que é de 650 mil m³ de álcool/ano.
Está prevista a geração de 1.540 empregos, dos quais 240 na indústria, 400 no setor agrícola (plantio e colheita) e 900 empregos indiretos. Em uma área de 16 mil hectares, entre os municípios de São Luiz Gonzaga, Rolador, São Nicolau, Bossoroca e Santo Antônio das Missões, está prevista a produção de 1,3 milhão de toneladas de cana-de-açúcar/ano, a partir de maio deste ano.
Já a PCH pretende produzir 10 MW de energia na primeira fase e 72 MW em uma segunda etapa. Participaram da reunião os técnicos da Fapam Marília Barum e Renato Chagas, o diretor de Operações da Caixa RS, Rogério Wallau, o consultor da Caixa RS, David Chazan e os empresários da Norobios, Cláudio Morari, Ronald Schwambach e Fernando Hartmann.