Com o crescimento do setor sucroenergético brasileiro, as viagens dos empresários, de seus funcionários e fornecedores tornaram as frotas regionais lucrativas e movimentadas. A receita das companhias aéreas que atuam no interior do país aumentou 12% em 2009, segundo pesquisa recém divulgada e parte desse sucesso é atribuído ao agronegócio. Assim, abriu se um cenário novo para a atuação da cana, a grande protagonista do momento: o espaço aéreo nacional.
O Grupo TGM, fornecedor de equipamentos para o setor sucroenergético, é um dos grandes usuários da aviação regional. “Chego a comprar até 15 passagens por dia. Das seis que comprei hoje, três são para viagens às usinas”, afirma a responsável pelas reservas do Grupo TGM, Juliana Fábio.
Juliana explica que a preferência é pelas companhias regionais por oferecerem horários alternativos e tarifas mais baixas. “Viajamos o país todo e sempre com boas alternativas das companhias regionais. Atendemos outros segmentos, mas o grande campeão de nossas reservas é o setor de açúcar e álcool”, afirma.
A empresa paranaense Sol Linhas Aéreas, que começou a operar no final do ano passado, trabalha hoje com a rota Cascavél, Curitiba e Maringá, pretende expandir seus negócios para o interior de São Paulo.
Segundo o presidente da empresa, Marcos Solano Vale, a Sol deverá fechar o ano com cinco aeronaves, totalizando três Lets e dois Brasílias. “O interior de São Paulo é uma região promissora do setor sucroenergético que gera emprego e renda e promove o desenvolvimento regional. É importante atuarmos nessa região”, finaliza.
De acordo com ele, o objetivo da empresa é voar em regiões com infra estrutura e que não tenham voôs regulares para facilitar o acesso do passageiro. O executivo estima que até a Copa do Mundo, o cliente poderá contar com grande desenvolvimento no setor aéreo com vôos de cidades pequenas para médias, de médias para grandes e assim por diante. “Isso vai aumentar a capilaridade do transporte aéreo e o passageiro terá mais facilidade e agilidade para voar, além de reduzir os custos e os gargalos da aviação”, frisa.
Uma fonte de usina revela que a falta de opção de vôos regionais dificultam o deslocamento e os negócios. “Faltam algumas rotas no interior do Brasil e isso nos atrapalha. Perdemos muito tempo nos grandes aeroportos”, lembra.
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