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NE caminha para segunda safra com seca severa

A tristeza tomou conta da safra nordestina que ainda processa cana relativa a temporada 2012/13. Isso porque há o risco de atravessar a segunda safra consecutiva com seca extrema, que provocou estragos em aproximadamente 30% a 50% da produção. “De janeiro a abril é o período de chuvas, apesar de ser cedo para prever algo, tememos um menor índice pluviométrico para o período. A seca deverá comprometer parte das raízes e socarias da próxima temporada”, diz Renato Cunha, presidente do Sindaçúcar de Pernambuco.

Cunha explica que os produtores estão sem receita para investir na nova safra, a não ser que sejam aprovadas as políticas públicas de subvenção e até mais estruturantes voltadas à irrigação, melhoramento genético e políticas de incentivo também para as indústrias de cana com desonerações de tributos e reconhecimento das externalidades do etanol do Nordeste.

De acordo com ele, somente Pernambuco sofreu perdas em torno de 25% na safra atual. “Pernambuco saiu de uma safra de 17,5 milhões de toneladas para 13,1 milhões de tons em 2012/2013. O Nordeste saltou de 65 mi de toneladas para 55 milhões atuais, provocadas pela forte estiagem”, lembra.

Segundo ele, mesmo com a falta de políticas de incentivo, a região não quer abrir mão de uma produção de mais de 400 anos de história.”Não queremos entregar nosso negócio, não queremos desistir”, revela.

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