A paraibana Natek, com fábrica em João Pessoa, já obteve neste ano até o momento faturamento que se aproxima de R$ 1 milhão no mercado brasileiro. O montante é quase o dobro ante os R$ 500 mil faturados em 2004. O incremento deveu-se basicamente a entrada do único produto fabricado pela empresa no mercado nacional, já que em 2004 toda a sua receita foi proveniente de exportações para a Itália, explicou o gerente-geral e sócio da Natek, André Sousa. Fabricante do Veloderm – curativo natural à base de cana-de-açúcar utilizado nos processos de cicatrização de queimaduras, abrasões (esfoliamentos) e lesões leves de pele, principalmente -, a companhia foi fundada há três anos, mas só iniciou as vendas no País em fevereiro deste ano porque o seu produto requer autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser comercializado, o que ocorreu em dezembro de 2004. Sousa disse que até o final de 2005 o faturamento da Natek poderá alcançar até R$ 2 milhões no Brasil. As vendas externas vão continuar em torno dos R$ 500 mil, mas ele estima “no mínimo” dobrar esse valor em 2006. Segundo ele, a empresa fechou contrato de distribuição, no primeiro semestre, com a FVL Comércio e Distribuição, encarregada de vender Veloderm no Brasil e também nos países da América Latina, mercados que começaram a ser prospectados em meados do início deste semestre. Na Europa, as vendas podem começar ainda este ano. A empresa italiana BTC, parceira da Natek, firmou contrato de licenciamento com a suíça APR, no valor de € 1,5 milhão, para distribuir o produto nos países europeus, disse Sousa. As vendas de Veloderm na Itália foram iniciadas mais cedo do que em outros mercados, no final de 2003, porque foi a BTC a responsável por quase todo o processo de desenvolvimento do produto, com investimentos que somaram € 1,5 milhão. A companhia italiana também é a responsável pelas pesquisas clínicas realizadas com o curativo. Sousa disse que os estudos iniciais de desenvolvimento de Veloderm foram feitos na Paraíba e depois encampados pela BTC. A Natek, criada em 2002, surgiu para produzir Veloderm em escala e sua localização é estratégica, já que a Paraíba é uma das maiores produtoras brasileiras de cana-de-açúcar, a principal matéria-prima do curativo. Conforme Sousa, a fábrica tem capacidade para produzir cerca de 200 mil películas por ano e, atualmente, estão sendo utilizados apenas cerca de 30% desse potencial. A parceria com a BTC, ele disse, dá exclusividade à Natek para fabricar Veloderm. O produto é uma biomassa, resultado da fermentação do caldo de cana-de-açúcar misturado a microorganismos, que depois é cortada em pequenas fatias e esterilizada. “Ela cria um microambiente na pele ideal para a cicatrização.” O empresário disse que as principais vantagens sobre as películas concorrentes, além de ser a única natural e as outras sintéticas, são a diminuição da dor e a aplicação única (coloca-se sobre a área afetada e ela se descola após a cicatrização), o que permite uma redução de cerca de 30% nos custos com tratamentos e no tempo de cura. O produto está sendo comercializado no momento apenas para hospitais mas, o empresário afirmou, será vendido também para as farmácias. No Brasil, a empresa já faturou R$ 1 milhão em 2005 e espera atingir receita em torno de R$ 2 milhões até o final do ano.
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