O ministro dos Transportes, Renan Filho, propôs na última semana, a integração do planejamento da logística dos países da América Latina.
Apresentada durante o Segundo Diálogo Regional de Alto Nível sobre Transporte na América Latina e no Caribe, em Buenos Aires (ARG), a proposta prevê um plano para transportes em toda a região a ser construído com o auxílio de organismos multilaterais a partir da realidade de cada nação.
Como principal objetivo, ampliar a conectividade por meio de corredores rodoviários bioceânicos, hidrovias, ferrovias e aeroportos para facilitar a mobilidade de pessoas, fortalecer o comércio e aumentar a competitividade da região. Renan Filho lembrou que o continente apresenta desafios para a logística como a Floresta Amazônica e a Cordilheira dos Andes.
O ministro destacou, que, a exemplo de outros países da região, o Brasil tem gargalos históricos que precisam ser superados. Nesse caso, o somatório de esforços pode beneficiar a todos.
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“O Brasil, ao longo dos últimos anos, construiu seu Plano Nacional de Logística, que estabelece premissas, elege os melhores projetos e direciona os nossos investimentos. A construção de um plano de integração logística continental, além de fortalecer as nossas próprias políticas públicas, vai permitir que conheçamos projetos prioritários de outros países a fim de direcionarmos investimentos”, defendeu Renan Filho.
Rotas bioceânicas
As próximas etapas envolvem o trabalho do Ministério das Relações Exteriores, que vai coordenar o diálogo com os demais países para chegar à formalização de acordos de cooperação e integração. Caberá a cada país inicialmente apresentar seus projetos estratégicos e as formas de viabilizá-los. A proposta agradou autoridades presentes, como o ministro dos Transportes da Argentina, Diego Giuliano.
“Vimos com muita satisfação a proposta do ministro dos Transportes do Brasil em relação a uma mesa de trabalho permanente sobre os principais temas relacionados aos transportes na América Latina, a possibilidade de termos um âmbito de concertação direta entre quem faz a gestão do setor e o bem-estar dos nossos povos”, disse o ministro argentino.
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Para Renan Filho, a região só tem a ganhar com o início de um trabalho conjunto. “É fundamental que o Brasil consiga, por exemplo, construir rotas bioceânicas e acessar o Chile para facilitar as exportações para a Ásia. É fundamental para o Chile, também, uma rota bioceânica para exportar para a Europa, Estados Unidos. Se isso for possível, nós teremos um avanço na América Latina”, afirmou.