Mato Grosso corre o risco de se tornar um “mero fornecedor” de milho para produção de etanol em outras regiões do Centro-Sul do País caso não sejam lançados projetos de logística e incentivos para a montagem, no Estado, de usinas voltadas à fabricação do biocombustível a partir do cereal. A avaliação é do vice-presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), Glauber Silveira.
Conforme ele, indústrias de São Paulo e Mato Grosso do Sul, mais próximas do centro consumidor, já se movimentam para se tornarem “flex”, podendo produzir álcool tanto com cana quanto com milho. “Isso pode se concretizar em uns cinco anos”, estimou nos bastidores do 1º Congresso de Bioenergia de Mato Grosso, em Cuiabá.
Pioneiro na produção de etanol de milho, Mato Grosso conta hoje com três unidades flex (produzem etanol de cana e de milho), de um total de 10 indústrias. Na atual safra, iniciada em abril, a produção de álcool de milho deve alcançar 137,80 milhões de litros no Estado, ante 130,44 milhões no ciclo anterior.
“A bioenergia é algo muito importante por causa da questão da sustentabilidade e também para agregar valor. As usinas não têm porque não serem flex”, afirmou Glauber Silveira.
Fonte: (Estadão Conteúdo)