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MP indicia acusados de adulteração de combustíveis

O Ministério Público indiciou 15 pessoas detidas depois de uma operação que descobriu, em dezembro do ano passado, um esquema de adulteração de combustíveis em uma chácara na estrada entre Limeira a Artur Nogueira, na região de Campinas (SP). Deste grupo, 13 pessoas já estão presas e duas continuam foragidas.

Os suspeitos foram indiciados por seis acusações, incluindo formação de quadrilha e crimes contra a ordem econômica e tributária. A suspeita da polícia é que os donos da empresa lucravam até R$ 1,2 milhão por mês.

Pai e filho, donos da distribuidora de Limeira, e pelo menos 11 funcionários foram surpreendidos e presos, em uma operação que envolveu delegados, investigadores e peritos da Agência Nacional de Petróleo (ANP). Foram necessários dois meses de investigação para que o esquema fosse descoberto.

Segundo a polícia, o álcool, a querosene e solventes chegavam em carretas e depois eram colocados em tanques subterrâneos, com capacidade para receber até 800 mil litros. A adulteração, de acordo com técnicos da ANP, não demorava mais do que 15 minutos e 120 mil litros da mistura eram comercializados por dia.

Na chácara, foram apreendidos computadores para fazer perícia nos arquivos, além de várias carretas, dinheiro, cheques, notas fiscais e documentos. Com base nos produtos apreendidos, a polícia suspeitou que uma outra distribuidora seria montada em Cacilândia (MS).

A polícia ainda está investigando para quem o produto era vendido e se os fornecedores e clientes sabiam do esquema de adulteração de combustível.

A ANP recomenda que os motoristas fiquem atentos aos preços dos combustíveis nos postos. Se os preços estiverem muito baixos, é necessário desconfiar da qualidade do produto, pois a diferença muito alta pode ser fruto de adulteração ou sonegação de impostos.