A moagem acumulada de cana no Centro-Sul do país referente à safra 2009/10 totalizou 412,748 milhões de toneladas até o dia 16 de outubro, um aumento de 8,8% sobre igual período do ciclo passado, de acordo com o levantamento da União da Indústria da Cana-de-açúcar (Unica).
Somente na primeira quinzena, o processamento da matéria-prima atingiu 35,2 milhões de toneladas, alta de 22,6% sobre igual período do ano passado. Apesar das chuvas sobre as principais regiões produtoras do país, a moagem seguiu ritmo mais intenso frente às últimas quinzenas. O Paraná foi o Estado mais prejudicado pelo clima.
A produção de açúcar no acumulado da safra (até o dia 16) foi de 22,978 milhões de toneladas, um aumento de 11,07% sobre o mesmo período do ano passado.
A oferta de álcool, por sua vez, atingiu 17,954 bilhões de litros, recuo de 3,06%, segundo a Unica. Do total de cana-de-açúcar moída, 43,99% foram destinadas ao açúcar e 56,01% ao etanol.
Dos 23 projetos “greenfield ” – construção a partir do zero – previstos para esta safra, 18 já deram início às operações.
O escoamento do etanol nesta primeira quinzena do mês permaneceu nos mesmos patamares das quinzenas anteriores. Mas há uma expectativa de redução nas saídas de álcool hidratado a partir da segunda quinzena desse mês, uma vez que os preços do combustível estão em recuperação. De acordo com o levantamento da Unica, em cerca de 35% do mercado nacional já se verifica uma relação de preços do etanol superior a 65% do preço da gasolina na bomba. A competitividade do etanol nas bombas ocorre quando seu preço equivale a 70% da gasolina.
Ontem, na bolsa de Nova York, os contratos do açúcar para março encerraram o pregão a 23,08 centavos de dólar por libra-peso, com queda de 96 pontos sobre o dia anterior. Em São Paulo, a saca de 50 quilos fechou a R$ 57,64, segundo o índice Cepea/Esalq.