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Mistura de álcool à gasolina vai a 25%

O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, e o interino das Minas e Energia, Nelson Hubner, discutem hoje com usineiros os detalhes finais para o aumento da mistura do álcool anidro à gasolina de 23% para 25%. Em fevereiro de 2006, o governo reduziu para 20% a mistura e só aumentou para 23% em novembro.

Se for definido na reunião de hoje, o aumento deverá valer em julho, pois é necessário um período de 20 dias para que a Petrobrás faça as adequações necessárias. Cada ponto porcentual de aumento gera uma demanda de cerca de 100 milhões de litros de álcool por mês. Ou seja, com o novo porcentual, a demanda extra deve chegar a 200 milhões de litros.

O aumento do porcentual é reivindicado pelos usineiros e tem por objetivo conter a queda dos preços do álcool na safra. Em São Paulo, o litro do anidro cai há sete semanas e chegou, na semana passada, a R$ 0,6866, na média, o valor mais baixo dos últimos dois anos. Em maio, a redução foi de 26,6%.

No entanto, o consumidor ainda não sentiu diferença no preço na bomba. Dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP) mostram que em maio o preço médio do álcool hidratado nos postos era de R$ 1,456, valor 1,4% maior que o de abril.

Stephanes defende o aumento, mas é preciso que haja consenso entre os ministérios da Agricultura, Fazenda, Minas e Energia e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e membros do Conselho Interministerial do Açúcar e do Álcool. Fontes do Ministério da Agricultura informaram que já está tudo acertado entre os ministros para o aumento para 25% da mistura, faltando apenas a assinatura da resolução.

O aumento na mistura trará economia de cerca de 200 milhões de litros de gasolina e poderá reduzir os preços da gasolina. No entanto, essa queda deve ser pequena, em torno de R$ 0,02 por litro da gasolina.