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Missão vai à Argélia ampliar intercâmbio

Uma missão empresarial brasileira desembarcou domingo na Argélia, para ampliar o intercâmbio comercial, principalmente nas áreas de infra-estrutura, construção civil e produtos alimentícios. Recentemente, foi anunciada parceria na área de transportes, entre a gaúcha Neobus e o maior grupo privado argelino, a Cevital.

O projeto foi apresentado aos ministros do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, e de Minas e Energia, Silas Rondeau, que lideram a missão integrada por cerca de 70 empresários e representantes do governo. Com um faturamento de R$ 180 milhões por ano, a empresa gaúcha já tem parcerias no México e em Marrocos, além de exportar para mais oito países.

O gerente de Exportação da Neobus, Itacir Orsso, disse que as peças serão importadas do Brasil para a montagem de microônibus e ônibus para transportes urbano. A produção, informou, deve ter início em maio de 2006 com a montagem de cinco unidades por dia. A Neobus, com investimento de US$ 6 milhões nos próximos cinco anos, ficará responsável pela tecnologia e o treinamento de pessoal.

Há cerca de 40 dias, a Randon, outra empresa gaúcha, fabricante de carrocerias de caminhão, iniciou montagem de carrocerias com peças levadas do Brasil. A empresa pretende produzir, até o final do ano que vem, 1.600 unidades.

A economia argelina cresceu 5,2% no ano passado e deve fechar este ano em 4,8%. A Argélia é o país árabe que mais exporta para o Brasil.

Rondeau disse que o objetivo do governo é intensificar as relações comerciais nas áreas de mineração, energia e petróleo. Segundo ele, a Argélia deve investir US$ 12 bilhões em infra-estrutura nos próximos cinco anos. Outra meta é transferir tecnologia para produção de etanol na Argélia.

A repórter viajou a convite do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior