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Ministros apresentam plano de biocombustível para o Mercosul

O Conselho Agropecuário do Sul (CAS), formado pelos ministros da Agricultura de Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Uruguai e Paraguai, apresentou um plano para utilizar a “agroenergia”, um combustível biológico, disse neste sábado a imprensa paraguaia.

A reunião de dois dias do CAS, em Assunção, terminou ontem à noite com a apresentação de um programa para recomendar a utilização do biocombustível aos presidentes dos países do Mercosul mais a Bolívia e o Chile.

A idéia é ter uma alternativa ao petróleo, cada vez mais caro.

O presidente do Conselho, o ministro da Agricultura da Argentina, Miguel Campos, informou à imprensa paraguaia a intenção de desenvolver um sistema de captação de investimentos dos governos do Mercosul, em forma conjunta, para levar o programa adiante.

Já o ministro da Agricultura do Brasil, Roberto Rodrigues, disse que a agroenergia pode ser uma opção à dependência exclusiva do petróleo.

“O Mercosul tem uma enorme capacidade para colocar o programa em prática, o que indica que cada produtor agropecuário e trabalhador rural da região poderá ter o seu próprio poço de petróleo”, enfatizou o ministro, que esclareceu que a energia “é renovável e gerará empregos e riqueza”.

O ministro argentino explicou que para tornar o projeto realidade, a primeira medida será a apresentação do plano na próxima cúpula de presidentes do bloco econômico, em junho, para conseguir apoio político para iniciá-lo.

O programa prevê medidas conjuntas dos ministros com o objetivo de definir metodologias para o desenvolvimento de alternativas e os mecanismos de produção em cada país, de modo a incentivar os agricultores a usar combustíveis biológicos de origem vegetal, como o etanol e o biodiesel.

Em primeiro lugar, o projeto visa criar um fundo comum e um pacote de crédito para implementar a criação de fábricas em cada país.

“Consideramos importante trabalhar a questão da bioenergia na região, até porque isso também está previsto no Protocolo de Kioto”, disse Campos.

O CAS voltará a se reunir em julho em Assunção, onde apresentará um diagnóstico da produção da região e o rumo do projeto.