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Ministro diz que biocombustíveis garantem segurança energética a longo prazo

O ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, disse nesta segunda-feira que os biocombustíveis são fundamentais para garantir ao país a segurança energética de longo prazo. As estimativas, segundo ele, são de que em aproximadamente 60 anos o petróleo, principal combustível fóssil existente no mundo, vá acabar.

A solução, defendeu o ministro, é estruturar a transição de combustíveis fósseis para os biocombustíveis.

– O combustível verde pode ser olhado de uma forma metafórica, como as comunidades tendo um posto de petróleo ali, só que inesgotável – afirmou.

No Brasil, os destaques na área são o biodiesel, produzido a partir de oleaginosas, e o etanol, álcool produzido por meio da cana-de-açúcar.

Durante o 1º Seminário Internacional de Biocombustívies, Rondeau ressaltou que os combustíveis naturais também são uma fonte de emprego e renda, principalmente para os agricultores familiares.

– Acho que posição do governo foi correta de, no início do programa, subsidiar a agricultura familiar por meio de alguns impostos. Se saísse (o biocombustível) a partir do processo industrial de agricultura mecanizada, naturalmente a produção familiar ficaria prejudicada – observou.

De acordo com o Coordenador Geral de Açúcar e Álcool do Ministério da Agricultura, Alexandre Strapasson, outro ponto positivo é atender a questões ambientais, principalmente ao Protocolo de Kioto, que determina a redução da emissão de gases causadores do efeito estufa.

Strapasson defendeu, também durante o seminário, o uso do etanol por ser pouco poluente. Além disso, acrescentou o coordenador, os resíduos da cana-de-açúcar que resultam da produção do etanol podem ser utilizados como fertilizantes.

Para conhecer as experiências brasileiras na produção dos biocombustíveis, representantes de 20 países que compõem a Organização Latino-americana de Energia (Oleade) estão reunidos no seminário. O evento vai até esta terça-feira em Brasília.