No encerramento da 25ª reunião do Conselho da Associação Mundial dos Produtores de Cana e Beterraba Açucareira – WABCG (sigla em inglês), realizada em Ribeirão Preto, SP, o ministro da Agricultura Roberto Rodrigues, confirmou a liberação dos recursos para o setor agrícola, o que deverá ocorrer em duas fases. Na primeira, serão liberados R$ 2 bilhões e na segunda, mais R$ 1 bilhão. Os detalhes desse cronograma – segundo o ministro – serão discutidos com representantes dos produtores a partir da próxima semana.
Em relação ao atual momento do setor sucroalcooleiro, ele afirmou que novos mercados começam a surgir devido aos preços elevados do petróleo e a tendência altista de seus derivados. “O mundo tem que se libertar da civilização do petróleo e partir para a agroenergia. E o nosso álcool leva inúmeras vantagens em custo e produtividade”, ressaltou
Roberto Rodrigues prevê boas perspectivas para o açúcar, após recente vitória na Organização Mundial do Comércio – OMC, que obrigará a União Européia a promover profundas reformas no seu regime de produção açucareira. “Os países europeus abolirão os infames subsídios, o que certamente abrirá excelente janela de oportunidade para o produto fabricado no Brasil”, afirmou
Notícias Relacionadas
Somando estes fatores de elevação de demanda, Rodrigues avalia que o setor de açúcar e álcool brasileiro precisa aumentar sua produção nos próximos anos no mínimo em 50%, ou seja, o equivalente ao acréscimo de uma área superior a 2.5 milhões de hectares aos atuais 5.5 milhões plantados com cana.
Neste clima de entusiasmo, o ministro Roberto Rodrigues, que é também produtor de cana, só lamenta que muitos agricultores estão ficando de fora do bom momento vivido pelo setor. “Os produtores independentes precisam urgentemente se unir para buscarem melhor remuneração pela matéria-prima entregue nas usinas”, sugeriu.
