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Ministro compara programa do biodiesel ao Proálcool

Ontem, durante o lançamento do Pólo Nacional de Biocombustíveis, em Piracicaba (SP), o ministro Roberto Rodrigues comparou a atual expectativa em relação à produção de biodiesel à situação vivida na década de 70, quando foi lançado o Proálcool.

Segundo ele, o excedente de produção de soja e o alto preço do petróleo formam um cenário semelhante ao momento que o país optou pela produção do álcool em virtude da grande oferta de cana.

“Logo o biodiesel terá o mesmo nível de competitividade do álcool”.

O ministro disse que o governo terá de desenvolver para o biodiesel, ações semelhantes às implementadas para o álcool da década de 70.

“Há 5 milhões de hectares cultivados com cana-de-açúcar no Brasil e 20 milhões de hectares plantados com soja, o que cria um cenário extraordinário para o desenvolvimento do combustível feito à base de etanol e uma oleaginosa, como a soja. “O biodiesel pode ajudar a desenvolver regiões carentes e impulsionar a agricultura familiar, principalmente no Nordeste, com o uso da mamona e do dendê”, lembrou.

Rodrigues disse que o setor prevê a contrução de aproximadamente 20 novas usinas no Centro-Sul e que o Grupo Mitsubishi tem interesse de investir em usinas no Brasil ou até financiar a produção no setor, como medida para garantir o abastecimento de álcool combustível no Japão.

“A agricultura brasileira terá grande espaço no crescimento e desenvolvimento do programa de biocombustíveis no país”.