A Agrifam 2011 – Feira do Agronegócio Familiar e do Trabalho Rural no Brasil, que acontece de 4 a 6 de agosto, em Agudos (SP) vai apresentar nesta edição uma miniusina produtora de etanol para ser instalada em pequenas propriedades rurais.
A biorefinaria desenvolvida pela USI Biorefinaria tem por objetivo agregar rentabilidade e utilidade ao bioetanol sustentável.
Segundo a empresa fabricante, o etanol produzido pela mini destilaria pode ser utilizado no abastecimento de aviões, automóveis, tratores, motos, geradores, fogões e chuveiros. O custo de sua implantação pode variar de acordo com o montante de produção, que pode ser de 500 a 5 mil litros por dia. Os valores variam de R$ 450 mil até R$ 1,4 milhão.
Além da cana-de-açúcar, a mini usina pode produzir o etanol a partir de outras matérias-primas, como, mandioca, sorgo sacarino, batata doce, milho e arroz, ampliando as possibilidades do agricultor na fabricação, como aponta o presidente da Fetaesp, Braz Albertini.
“A produção de etanol por parte do próprio agricultor poderá ampliar o seu lucro, pois pode diminuir ou cessar a comercialização da matéria-prima para a grande indústria, bem como contribuir para a própria economia no abastecimento dos veículos e maquinários de uma propriedade, ampliando também uso integral da cultura produzida”, avalia.
O BNDES e PRONAF ECO concedem carência de até cinco anos e um prazo de até 12 anos para o pagamento da dívida, ao agricultor produtor que adquirir a mini usina. Já aos trabalhadores paulistas têm uma vantagem ainda maior, a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), em conjunto com a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Governo do Estado de São Paulo oferecem ao produtor rural o subsídio de até 70% do valor do produto.
A biorefinaria possui o Certificado de Cadastramento de fornecedor de Álcool Etílico Combustível para fins automotivos junto a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Licença Única de Instalação e Operação da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (FEPAM) e o Cadastro no departamento da cana-de-açúcar e Agroenergia no Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA).
O projeto demorou quatro anos para ser desenvolvido e foi realizado em parcerias com entidades públicas e privadas. “Devemos primar pela autossuficiência do agricultor, e levar essa oportunidade de produzir etanol nas propriedades rurais para diminuir custos e ampliar lucros, encurtando os entraves e atravessadores da cadeia produtiva”, diz Albertini, que também é produtor rural, e entusiasta da iniciativa.