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Minas, Paraná e Bahia expandem a produção

O momento de euforia da indústria espalha-se por vários Estados. Em Minas Gerais, puxada principalmente por setores como o de mineração e siderurgia, a indústria prevê que o crescimento no faturamento chegue a 8%. O segmento deve encerrar o ano no azul.

Até agora, conforme a pesquisa Indicadores Industriais da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), os setores de mineração, siderurgia, material de transportes, automotivo, construção civil e alimentos vêm liderando o desempenho geral da indústria. Aconteceu também aumento da utilização da capacidade instalada, que deve encerrar os seis primeiros meses do ano acima de 85%. No mesmo período do ano passado, o índice ficou na casa de 80%.

Na Bahia, depois de um primeiro semestre de crescimento, a previsão é de reação na segunda metade do ano. O Estado registrou uma taxa anualizada da produção física de apenas 1,2%,em abril, ficando no penúltimo lugar no ranking das regiões pesquisadaspelo IBGE – a taxa brasileira foi de 3,1% -, só perdendo para o Amazonas.

No entanto, o cenário não é tão desfavorável para os próximos meses. Na área de refino de petróleo e produção de álcool, há boas perspectivas. A empresa Global AG vai investir cerca de US$43 milhões para a produção de biodiesel no Oeste, enquanto a Petrobras anunciou que está revendo seu plano de negócios para o período de 2007/2011. Esse segmento é grande importância para o Estado, pois é responsável por 32,6% do valor da transformação industrial. No segmento químico e petroquímico, o grupo Unigel também confirmou que vai ampliar as filiais Proquigel e Acrinor, num investimento de US$148,7 milhões. Em celulose, a boa notícia é o início de operação da segunda planta da Bahia Sul, com investimentos de US$1,3 bilhão.

Existe confiança das indústrias também no Paraná, onde o resultado das vendas da indústria no primeiro quadrimestre foi quase 10% maior em comparação ao mesmo período de 2006.

“A nossa tendência para este ano é aumentar em 25% a produção e superar o volume das exportações do ano passado”, afirma a empresária Iracele Mascarello, da Mascarello, fabricante de carrocerias para ônibus de Cascavel.

Ater Cristófoli, da Cristófoli Biossegurança, de Campo Mourão, pretende aumentar a produção em 30% neste ano.