Mercado

Minas ganha 4 polos de biodiesel

A usina de biodiesel da Petrobras, inaugurada em Montes Claros, no Norte de Minas, pelo presidente Lula dia 6, deverá ter 30% da matéria-prima produzida pela agricultura familiar. Para atingir essa meta, serão criados em Minas Gerais quatro polos de incentivo ao cultivo de oleaginosas, que vão oferecer toda a assistência técnica necessária aos agricultores: Montes Claros, Serra Geral de Minas/Rio Pardo/Jaíba (também no Norte), Vale do Jequitinonha e Noroeste de Minas. De acordo com o coordenador-geral de Biocombustíveis do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Marco Antônio Vianna Leite, a Petrobras Biocombustíveis já tem 19,1 mil agricultores familiares cadastrados nos quatro polos, para produção de 30 mil a 40 mil toneladas de oleaginosas.

Mais imposto na bomba

Estudo realizado pela área técnica do Ministério da Fazenda propõe que a Petrobras reduza o preço da gasolina vendido às refinarias, mas sem repassá-lo para o consumidor. Essa diferença ficaria nos cofres públicos por meio do aumento do recolhimento da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide). A Cide é uma contribuição que incide sobre a venda de combustíveis e uma eventual elevação aumentaria a arrecadação do governo. “Estamos verificando a repercussão financeira dessa redução no preço da gasolina e do diesel e se ela vai ou não para a Cide. Não há uma decisão ainda”, afirmou o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, confirmando a existência do estudo.

Supermercado por m2

As redes de supermercados de médio porte têm se mostrado mais eficientes do que as gigantes do setor. No país, os grupos que mais faturaram por metro quadrado no ano passado foram o carioca Zona Sul, com R$ 46,3 mil; o mineiro Verdemar, com R$ 34,9 mil, e o paulista Ilha da Princesa, com R$ 31,4 mil. Segundo o diretor da Supermercado Moderno, publicação dedicada exclusivamente ao setor, Maurício Pacheco, 91 empresas brasileiras atingiram um desempenho por metro quadrado acima da média nacional. As redes mineiras representaram 14,2% desse total. Para ele, os melhores resultados são daquelas que se especializam mais e conhecem bem as necessidades de seus clientes.

Cartão de crédito na mira

O Banco Central já estuda como será a regulamentação dos cartões de crédito no país, informou a Frente Parlamentar Mista do Comércio Varejista, reunida ontem no Senado. Segundo denúncia da Câmara Brasileira de Dirigentes Lojistas (CNDL), algumas administradoras têm repassado aos lojistas suas despesas com Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e inadimplência. Atualmente, a taxa cobrada pelas administradoras varia de 2,9% a 5%. Além disso, o lojista paga mensalmente o aluguel da máquina de passar o cartão, que pode chegar a R$ 150 cada uma, sem contar os custos com as ligações telefônicas. As administradoras de cartões foram convidadas a participar do debate, mas recusaram o convite.

PIB em queda

A economia brasileira deve registrar uma contração de 1,3% este ano, segundo o relatório Panorama Econômico Mundial, divulgado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). No ano passado, o Brasil teve crescimento de 5,1%. O desempenho previsto para 2009 é o quinto mais fraco entre as 11 economias latino-americanas para as quais o FMI divulgou previsões – o pior resultado será o do México, com queda prevista de 3,7%, seguido pela Venezuela, que deverá ter retração de 2,2%. O melhor resultado na região será o do Peru, com crescimento previsto de 3,5%. Para 2010, a expectativa é de que o Brasil cresça 2,2%.

Executivo morto

O diretor financeiro da gigante hipotecária americana Freddie Mac, David Kellermann (foto), foi encontrado morto em sua casa, no estado da Virgínia, na manhã de ontem. Notícias de rádios e TVs locais informam que aparentemente o executivo cometeu suicídio. Kellermann, de 41 anos, 16 deles como funcionários da empresa, era o diretor financeiro da Freddie Mac desde setembro do ano passado, no auge da crise financeira global. A morte de Kellermann é mais um golpe na Freddie Mac – empresa controlada pelo governo que detém ou dá garantia a cerca de 13 milhões de empréstimos imobiliários. No mês passado, o executivo-chefe David Moffett pediu demissão.