O Estado de Minas Gerais deverá receber investimentos pesados, da ordem de US$ 1,134 bilhão em 12 novos projetos de construção de usinas de açúcar e álcool, segundo levantamento do Sindicato das Indústrias de Açúcar e Álcool de Minas (Siamig). Dos 12 projetos, sete já estão em andamento e deverão consumir investimentos de US$ 744 milhões.
Essas sete novas usinas deverão entrar em operação até 2010, segundo Luiz Cotta, presidente do Siamig. Nesta safra, a 2005/06, entrou em operação a usina Limeira do Oeste, do grupo Coruripe. Em 2006/07, a usina Itapegipe, dos grupos Moema e Vale do Rosário, começa a operar. Em 2007/08, estão programadas as operações das usinas G5 e Frutal 1. Em 2008/09, entram as unidades Carneirinhos e Uberaba. Em 2009/10 será a vez da usina União de Minas, também do grupo Coruripe.
Os outros cinco projetos ainda estão em análise. Mas, segundo Cotta, também deverão entrar em funcionamento. São os projetos Frutal 2, Santa Vitória, Jaíba 1 e Jaíba 2, e Iraí de Minas/Nova Ponte.
Os sete primeiros projetos deverão agregar um volume extra de 14 milhões de toneladas de cana. Somados aos cinco projetos em análise, a produção deverá ser de 18,6 milhões de toneladas. Nesta atual safra, as 21 usinas do Estado encerraram com 24,5 milhões de toneladas de cana moída. Para a próxima safra, a 2006/07, a expectativa é de moer 27,5 milhões de toneladas. “Temos um crescimento planejado de 3 milhões de toneladas de cana por ano”, afirmou Cotta.
A região do Triângulo Mineiro concentra hoje os principais investimentos no Estado de Minas. Com terras mais baratos que São Paulo, mas clima e solo favoráveis, a região é hoje um novo celeiro para a produção de cana-de-açúcar no Estado. Os empresários paulistas e, sobretudo, do Nordeste, começaram a migrar seus investimentos para o Estado também porque oferece infra-estrutura de armazenamento e logística para o porto de Santos.