Ainda que superior a 2006, a inflação deste ano não chega a preocupar. As projeções do relatório Focus, elaborado pelo Banco Central, apontam inflação de 4,02% em 2007. A meta do governo é uma inflação de 4,5%. O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) encerrou 2006 com alta de 3,14%.
A coordenadora do Índice de Preços do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), Eulina Nunes dos Santos, considera que os fundamentos da inflação neste ano, como menor pressão dos preços administrados, a manutenção do real valorizado e a expectativa de uma safra maior que 2006, não devem se alterar em 2007.
“Ainda que algumas circunstâncias possam elevar alguns itens, os fundamentos da inflação estão dados. Existe uma estabilização de preços, algumas pressões que possam vir a ser exercidas serão pontuais”, disse.
A inflação oficial apresentou alta de 3,14%. Em 2005, ela tinha sido de 5,69%. Em 2002, diante dos temores eleitorais, ela bateu o pico de 12,53%.
“Não há evidências de disseminação de inflação. O 3,14% é totalmente explicado por alguns pontos que pressionaram o ano. Não há a inflação generalizada. É uma situação econômica que parece estar consolidada de estabilidade de preços”, acrescentou.
Janeiro
A expectativa é que janeiro já experimente uma pressão mais acentuada dos preços do álcool e do grupo Transportes, que contou com reajustes de ônibus urbano em Belo Horizonte.
Os alimentos que estavam com tendência declinante, podem vir um pouco mais altos, de acordo com Santos. “Já ouvimos falar sobre problemas causados pelas chuvas, diminuindo a oferta e aumentando o preços”, afirmou.