Apesar da volatilidade observada nos últimos pregões no mercado internacional, os preços futuros do açúcar continuam firmes e não dão sinais de que podem recuar. A boa demanda por açúcar no mercado internacional e a disposição das usinas brasileiras em aumentar o mix de produção de cana para o álcool estão dando sustentação para os preços futuros do açúcar.
A expectativa dos analistas de mercado é de que as cotações da commodity mantenham-se firmes durante o terceiro trimestre deste ano, mesmo com o avanço da colheita da matéria-prima no Brasil.
Na sexta-feira passada, dia 22 de julho, os contratos de outubro encerraram a 9,70 centavos de dólar por libra-peso, na bolsa de Nova York, com alta de 0,4%. Os contratos de março fecharam a 9,73 centavos de dólar por libra-peso.
No mercado interno, a saca de 50 quilos encerrou o dia a R$ 29,52.
Notícias Relacionadas
Analistas internacionais acreditam que a menor oferta de açúcar no mercado internacional pode dar suporte aos seus preços. Analistas do Barclays Capital sustentam que o maior consumo de álcool no Brasil para os carros bicombustíveis devem reduzir a participação do açúcar na produção da safra 2005/06. Nos últimos meses, o álcool tornou-se uma alternativa mais barata que a gasolina no mercado interno do Brasil. Em outros países, o álcool poderá também aumentar sua participação, como já ocorre nos Estados Unidos.
Os altos preços do petróleo estão criando maior oportunidade para o álcool combustível. Somente neste ano, os preços do petróleo tiveram valorização de 43% na bolsa de Londres. Estimulados pela boa oportunidade para o álcool, as usinas brasileiras reforçam suas apostas no produto, aumentando os investimentos em novas destilarias para os próximos anos. Contudo, não deixam de cumprir seus contratos de exportação de açúcar. Os preços da commodity mantêm-se atraentes para os embarques.
A expectativa do Barclays Capital é de que os preços futuros do açúcar ultrapassem os 10 centavos de dólar por libra-peso na bolsa de Nova York, alcançando 10,60 centavos de dólar até o final do mês de setembro.
